Sangue de cordão umbilical pode salvar vidas

O sangue do cordão umbilical do recém-nascido, antes descartado, passou a ter um outro valor, pois é rico em  células-tronco, capazes de se diferenciar nos diversos tipos de células do sangue. Agora, o cordão umbilical pode ser doado e o sangue proveniente dele armazenado em baixíssimas temperaturas. O objetivo é utilizar esse sangue nas terapias que antes exigiam o transplante de medula óssea.
O uso do sangue de cordão umbilical para restaurar o funcionamento da medula óssea, afetada pela leucemia, é prática comum desde a década de 1990. No Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) o domínio da técnica data de 1996, quando os primeiros transplantes com sangue de cordão começaram a ser feitos.
No transplante de células de cordão, as células-tronco têm a capacidade comprovada de formar novas células de sangue. O sangue de cordão umbilical pode ser utilizado, também, em outras três situações:
  • 1) Como suporte durante o tratamento de outros tipos de câncer, quando as células-tronco entram como uma ajuda extra para a recuperação do sistema imunológico, enfraquecido pelas sessões de quimioterapia;
  • 2) No tratamento da anemia aplástica, uma situação rara em que a medula óssea do paciente não é capaz de manter a produção de células do sangue;
  • 3) Em imunodeficiências congênitas graves em crianças, quando há falhas na geração das células do sangue que participam da defesa do organismo contra infecções.
As células do sangue de cordão umbilical exigem menor compatibilidade genética – semelhança genética entre doador e receptor - do que as de medula óssea, o que facilita o uso dessas células em transplantes. A única desvantagem é que a quantidade de células encontradas no cordão do recém-nascido é suficiente apenas para suprir as necessidades de uma criança ou de um adulto pesando até 60 quilos. Essa limitação começa a ser vencida com o crescimento dos bancos públicos de sangue de cordão umbilical.

Banco Público

Para garantir os estoques de sangue de cordão umbilical e o atendimento à população brasileira, foi criada pelo Ministério da Saúde, em setembro de 2004, a Rede Nacional de Bancos Públicos de Cordão Umbilical, denominada BrasilCord. Atualmente, há duas unidades de Banco Público de Cordão Umbilical no Brasil ligadas ao BrasilCord : uma no Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Rio de Janeiro, e outra no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em São Paulo.
A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein SBIBAE, por meio do IIRS, faz a manutenção do banco brasileiro de células de cordão umbilical para utilização terapêutica em reconstituição hematopoiética como alternativa ao transplante de medula óssea e, futuramente, em novas aplicações terapêuticas envolvendo células tronco hematopoiética.
FONTE:http://www.einstein.br/einstein-saude/tecnologia-e-inovacao/Paginas/sangue-de-cordao-umbilical-pode-salvar-vidas.aspx

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